SETE DICAS PARA ELABORAR UM PLANO DE AULA:
1. Determine os objetivos e as metas
Antes de fazer um plano de aula, é fundamental saber o que se pretende alcançar com ele. Para isso, comece com:
- onde sua turma está;
- o que pretende com seu plano de curso;
- o que fazer para alcançar os resultados desejados.
Por exemplo: o objetivo central pode ser alcançar 85% de aprovados em cada semestre. Para isso, você vai elaborar estratégias para que os alunos aprendam os conteúdos de maneira interativa, faltem cada vez menos e se sintam motivados a estudar no tempo livre.
Metas e objetivos podem ser apresentados aos alunos para deixá-los ainda mais animados, pois estarão envolvidos intrinsecamente no processo de ensino-aprendizagem.
2. Escolha temas atuais para complementar
Um plano de aula precisa contextualizar o conteúdo utilizado, pois o aluno precisa enxergar utilidade no que está ouvindo para assimilar as informações. Hoje, o aluno prefere aprender essas mesmas palavras de maneira mais interativa — num jogo de videogame ou música pop, por exemplo.
Da mesma forma, dá para inserir a interdisciplinaridade utilizando notícias do momento. O aluno pode até mesmo discutir eles na língua alvo com a turma e expor suas opiniões. Assim sairá da aula sabendo argumentar em outro idioma e, de quebra, bem-informado.
3. Considere o tempo x o conteúdo
É preciso que haja um equilíbrio entre o tempo que cada conteúdo receberá durante suas aulas. Assim, nenhum deles será mais ou menos abordado, o que permitirá ao aluno conhecer diversos assuntos de uma forma consistente.
Outra vantagem é que o tempo correto de abordagem evita que o aluno se canse e perca o interesse. Um bom planejamento garante que cada assunto seja abordado sem exageros.
4. Siga a BNCC
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é a referência obrigatória para instituições e professores elaborarem currículos escolares e propostas pedagógicas para a educação básica. Portanto, por mais que você deseje inovar no seu plano de aula, ele deve usar o documento como fundamento para que haja uma padronização do ensino.
Além das competências básicas, exigidas para todas as disciplinas, a BNCC estipulou seis específicas para a aula de idiomas:
- Identificar o lugar de si e o do outro em um mundo plurilíngue e multicultural, refletindo, criticamente, sobre como a aprendizagem de outro idioma contribui para a inserção dos sujeitos no mundo globalizado, inclusive no que concerne ao mundo do trabalho.
- Comunicar-se na língua alvo, por meio do uso variado de linguagens em mídias impressas ou digitais, reconhecendo-a como ferramenta de acesso ao conhecimento, de ampliação das perspectivas e de possibilidades para a compreensão dos valores e interesses de outras culturas e para o exercício do protagonismo social.
- Identificar similaridades e diferenças entre a língua alvo e a língua materna/outras línguas, articulando-as a aspectos sociais, culturais e identitários, em uma relação intrínseca entre língua, cultura e identidade.
- Elaborar repertórios linguístico-discursivos da língua alvo, usados em diferentes países e por grupos sociais distintos dentro de um mesmo país, de modo a reconhecer a diversidade linguística como direito e valorizar os usos heterogêneos, híbridos e multimodais emergentes nas sociedades contemporâneas.
- Utilizar novas tecnologias, com novas linguagens e modos de interação, para pesquisar, selecionar, compartilhar, posicionar-se e produzir sentidos em práticas de letramento na língua alvo, de forma ética, crítica e responsável.
- Conhecer diferentes patrimônios culturais, materiais e imateriais, difundidos na língua alvo, com vistas ao exercício da fruição e da ampliação de perspectivas no contato com diferentes manifestações artístico-culturais.
5. Seja criativo
As gerações Z (de 1995 a 2010) e alfa (nascidos a partir de 2010) têm uma forma diferente de aprendizagem. Como estão envolvidos com a internet desde muito novos, acostumaram-se a assimilar conteúdos com interatividade, proatividade e gamificação. Por isso, é preciso pensar em atividades que os estimulem a participar. Afinal, o adolescente se entedia com rapidez — é preciso captar sua atenção em pouco tempo.
6. Aproxime-se da cultura estrangeira
Contextualizar o idioma é sempre importante. Além de usar expressões que são realmente utilizadas nos países da língua alvo, falar um pouco da cultura local é uma forma de deixar a aula ainda mais interessante. Isso porque, novamente, o aluno enxergará utilidade no que está aprendendo.
Selecione conteúdos que mostrem informações sobre hábitos, costumes, tradições, roupas, refeições e muito mais. Você pode até mesmo abordar diferentes países, explicando um pouco de como o idioma estudado se adaptou em cada um deles.
7. Foque em uma aprendizagem progressiva
Seu plano de aula deve respeitar o processo natural de aprendizagem, ou seja, começando pelos conceitos mais fáceis e aumentando o nível de dificuldade com o passar do tempo. Assim, os conteúdos não se atropelam.
Além disso, comece com textos mais simples e visualmente atrativos, como histórias em quadrinhos, diálogos e charadas. De preferência, que estejam próximos às vivências dos alunos. Segundo a BNCC, a vivência contribui o desenvolvimento de uma escrita criativa e autônoma.
*Evite ser um professor que prima mais pelo cumprimento do calendário escolar do que pelo aprendizado dos seus alunos em si.
*Ensine por meio do livro e não o livro.
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